A tensão geopolítica e a próxima eleição presidencial dos EUA provavelmente apoiarão o "comércio da desvalorização", favorecendo tanto o bitcoin (BTC) quanto o ouro, afirmou o JPMorgan (JPM) em um relatório de pesquisa na quarta-feira.
"Uma vitória de Trump, em particular, além de ser favorável ao bitcoin do ponto de vista regulatório, provavelmente reforçaria o 'comércio da desvalorização' tanto por meio de tarifas (tensões geopolíticas) quanto por uma política fiscal expansionista ('desvalorização da dívida')", escreveram os analistas liderados por Nikolaos Panigirtzoglou.
Os mercados ainda não estão precificando uma vitória do ex-presidente. As chances de Trump vencer as eleições estão atualmente precificadas com uma baixa probabilidade, considerando outras classes de ativos além do ouro e do bitcoin, disse o relatório, acrescentando que isso se deve ao fato de os investidores estarem mais preocupados com a possibilidade de recessão nos últimos meses.
Se o "comércio de Trump" se desenrolar de maneira semelhante a 2016, deve haver um aumento nos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA, um dólar mais forte, um desempenho superior do mercado de ações dos EUA, especialmente dos bancos, e um estreitamento nos spreads de crédito, afirmou o JPMorgan. Essa mudança ainda não ocorreu, com apenas um pequeno movimento para cima observado nesses mercados.
O JPMorgan observou que, no período de seis meses em torno da eleição americana de 2016, os rendimentos dos títulos de 5 anos subiram 1%, o Índice do Dólar (DXY) disparou 8%, as ações dos EUA tiveram um desempenho superior de 6%, os bancos superaram o restante do índice de ações S&P 500 em 15%, e os spreads de crédito corporativo de alta qualidade se estreitaram significativamente.
O bitcoin não é um porto seguro contra riscos geopolíticos, afirmou o banco de investimento Standard Chartered em um relatório ontem.
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