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A Epic quer transformar Fortnite, Minecraft e Roblox em um metaverso interconectado e compatível entre si.


Epic Games quer transformar Fortnite, Minecraft e Roblox em um metaverso

O CEO da Epic Games, Tim Sweeney, recentemente apresentou uma visão ambiciosa para o futuro da empresa e para o mercado de jogos digitais, que pode abrir caminho para um mercado de ativos digitais interoperável, algo que a comunidade Web3 vem aguardando desde o surgimento do conceito de metaverso.

Em uma entrevista ao The Verge, Sweeney falou sobre o próximo Unreal Engine 6 e a importância de criar um ambiente onde os jogadores possam usar seus itens digitais em diferentes jogos.


O Unreal Engine é um dos motores de jogos mais populares do mundo, utilizado para desenvolver títulos como Fortnite, Mass Effect e muitos outros jogos de grande sucesso. O Unreal Engine 5, lançado em 2022, ainda é relativamente novo, e jogos desenvolvidos com ele estão apenas começando a explorar suas capacidades.

A desenvolvedora de Halo, 343 Industries, por exemplo, anunciou recentemente que está desenvolvendo vários jogos com o Unreal Engine 5. Apesar disso, Sweeney já está pensando no futuro com o Unreal Engine 6, que, segundo ele, poderá trazer uma nova era para os jogos multiplayer e o desenvolvimento de ativos digitais.


Segundo Sweeney, a ideia é expandir o conceito de economia digital em jogos para algo muito maior. Ele afirma que os jogadores estão investindo cada vez mais em itens digitais, mas que para aumentar a confiança nesse tipo de compra, é preciso permitir que esses itens sejam usados em diferentes jogos e plataformas, e não apenas em um único título. Ele sugere que uma economia interoperável daria mais segurança aos jogadores de que seus gastos com itens digitais teriam valor a longo prazo e seriam úteis em vários jogos.


Essa visão parece estar alinhada com o futuro do Unreal Engine 6, que poderia facilitar a interoperabilidade entre títulos como Fortnite, Minecraft e Roblox.

Mesmo que esses jogos sejam desenvolvidos em motores diferentes, como o motor proprietário do Roblox ou o Java do Minecraft, Sweeney e sua equipe acreditam que a interoperabilidade pode ser alcançada. Para isso, o uso de tecnologias como blockchain poderia ser fundamental, garantindo a verificação dos itens entre diferentes sistemas sem comprometer a privacidade das empresas envolvidas.


Nos últimos dois anos, a indústria de jogos passou por uma onda de demissões em massa, que afetou até mesmo gigantes como a Epic Games, que demitiu 830 funcionários em setembro de 2023. Segundo analistas, parte desse declínio se deve ao boom temporário que a indústria experimentou durante os lockdowns da pandemia de COVID-19, quando muitas pessoas recorreram aos jogos para entretenimento em casa. Agora, com o retorno à normalidade, o setor está passando por uma fase de reestruturação.


Mesmo com os desafios, a Epic Games acredita que o caminho a seguir está na interoperabilidade de ativos digitais e na criação de uma economia mais aberta entre plataformas de jogos. Saxs Persson, vice-presidente executivo da Epic, também comentou sobre essa visão em entrevista ao The Verge, destacando que seria incrível ver os jogadores navegando facilmente entre diferentes jogos como Roblox, Minecraft e Fortnite, sem perder seus itens ou progresso.

Essa visão de um metaverso interconectado poderia manter os jogadores mais engajados e fortalecer a economia dos jogos, independentemente da plataforma que eles escolhessem.


Embora essa interoperabilidade ainda seja um desafio técnico, especialmente com motores de jogos tão diferentes, a Epic está se preparando para enfrentar essas dificuldades com o Unreal Engine 6, que pode trazer uma revolução no desenvolvimento de jogos multiplayer e no gerenciamento de ativos digitais. A ideia de um metaverso interoperável, onde os jogadores podem transitar entre jogos e levar seus itens com eles, poderia transformar a forma como o mercado de jogos digitais opera hoje.


Com essa abordagem, a Epic busca não apenas liderar a próxima geração de jogos, mas também criar um novo ecossistema digital, onde os ativos dos jogadores tenham um valor duradouro e transferível. Isso, segundo Sweeney, é a chave para o futuro dos jogos e da economia digital.

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